Pessoal,
dicas bem interessantes do Lauro e do Jorge Wolf:
1)Lauro:
Para as peças grandes, experimente “pontear” as peças com Super Bonder (isso segura as peças firmemente no lugar) e depois usar cola líquida (Testors, Tamiya ou qualquer outro solvente para estireno ou PVC) para terminar a solda. Para peças pequenas, pode usar apenas SB mesmo porque dificilmente vai soltar.
Outra opção é a boa e velha cola de PVC (Tigre). É boa, forte (é feita para colar canos de água, que suportam altas pressões) e principalmente superbarata. Tem tubos pequenos, que mesmo que não se use tudo até a data da validade (para modelismo, é muita cola...), é barata o suficiente para se jogar o tubo fora (mesmo ainda com cola) e comprar um novo.
2)Jorge Wolf:
Para uniões que se desejam fortes, as colas de cura mais lenta (ou seja, menos voláteis) são as mais indicadas, pois elas penetram profundamente na interface, fundindo uma camada mais espessa de plástico de ambas as partes. As colas de poliestireno em tubo, que são pastosas, são deste gênero. Entretanto, deve-se redobrar o cuidado ao aplicá-las em espessuras de plástico finas; neste caso elas o deformarão.
A dica do Lauro quanto a ‘pontear’ uma interface longa com cianoacrilato (p.ex., Superbonder) é excelente; só deve-se atentar a dois aspectos neste caso:
• O cianoacrilato comum é muito fluido; assim, ele pode se propagar por capilaridade para mais adiante do que desejado, onde impedirá que a cola líquida aplicada em seguida seja eficiente;
• O cianoacrilato possui excelentes qualidades de adesão sob tração, mas péssimas em cisalhamento. Assim, em situações onde os esforços predominantes sejam desta natureza, deve-se evitar este tipo de adesivo.
• O cianoacrilato é extremamente rígido após curado; se a região adjacente vier a sofrer deformações freqüentes, a união poderá então trincar. Este aspecto é particularmente importante nas regiões da fuselagem próximas às asas de maquetes de asas com grande envergadura (quadrimotores, por exemplo), pois usualmente pegamos o modelo pela fuselagem quando o suspendemos, e neste caso a flexão das asas transmitirá os esforços para a união da fuselagem mais próxima. Isto ocorrendo repetidas vezes resultará numa trinca bem visível no modelo finalizado...
Para espessuras de plástico finas, colas líquidas são as mais apropriadas, pois sua quantidade pode ser bem controlada através da aplicação por pincel; por fluírem por capilaridade, proporcionam uma união bem limpa. Colas líquidas da Testors e Humbrol são muito boas. Não conheço a da Tamiya.
Quanto ao tricloroetileno, este é ideal para peças extra-finas, pois por ser muito volátil, ele se torna menos agressivo ao plástico. Assim, mesmo errando na dose da aplicação, a superfície não será tão danificada como no caso das anteriores. Entretanto, comparada com as demais, sua união é a menos resistente a esforços.
Pessoalmente, não gosto de usar “Jet” (catalisador de resina acrílica para uso odontológico) como cola para plásticos, pois nos de tipo macio sua cura total pode demorar muito tempo, fazendo que o plástico na região da junta contraia mesmo meses após sua aplicação e nivelamento por lixamento.
Uma última dica quanto ao cianoacrilato: ele é ótimo para preencher fendas; apenas deve ser nivelado (lixado) cerca de 20 minutos após aplicado; caso contrário, pode se tornar muito duro, o que dificultaria a tarefa. Porém, para esta aplicação, apenas o da marca Loctite funciona bem; os demais se retraem demais, inviabilizando a solução.
Obrigado a ambos pela colaboração!